Leonardo Brício protagoniza peça teatral que será apresentada na CAIXA Cultural Fortaleza, de 4 a 7 de junho, com ingressos populares.
Em 2013 Inez Viana adaptou e dirigiu no palco principal do Espaço Sesc, em Copacabana (RJ), o espetáculo “Nem mesmo todo o oceano”, adaptação teatral do romance homônimo do escritor, dramaturgo e pensador Alcione Araújo. A peça conta os instantes que antecederam o golpe militar e os primeiros momentos da repressão, desvelando os “porões” da ditadura. Após a temporada de estreia o espetáculo foi apresentado em Juazeiro do Norte, Iguatu e Crato, cidades do Ceará, em Campina Grande na Paraíba, Belo Horinzonte, participou da programação do Festival de Curitiba e fez novas temporadas no Rio de Janeiro, sendo indicado ao Prêmio APTR na categoria Melhor Produção e ao Prêmio Questão de Crítica nas categorias Melhor Direção e Melhor Trilha Sonora.
“Nem mesmo todo o oceano” é um thriller contemporâneo dentro de um romance histórico. Levanta questões de ética e valores, contando a história fictícia de um médico recém-formado, desde a sua difícil infância de menino pobre no interior de Minas, os primeiros tempos de estudante vivendo em pensões no Rio de Janeiro, as decepções amorosas, as frustrações existenciais, a difícil sobrevivência em meio às feras do asfalto selvagem, enfatizando sobretudo o seu processo de perversão espiritual.
– Na peça fatos reais se misturam à ficção, nos trazendo imediata identificação de uma das mais agravantes e dolorosas épocas do nosso país, a era da inocência perdida –, comenta a diretora.
Na encenação de Inez Viana, os atores Leonardo Brício, Iano Salomão, Jefferson Schroeder, Junior Dantas, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell se intercalam nos diversos personagens que compõem a trama, trajam figurino simples porém elegante e atuam com a liberdade do espaço vazio (não há cenário), com isso a diretora privilegia o ator, colocando-o como centro do espetáculo, valorizando o jogo teatral e a imaginação do espectador.
SERVIÇO
“Nem mesmo todo o oceano”
Sinopse: A peça conta os instantes que antecederam o golpe militar e os primeiros momentos da repressão, enfatizando o processo de perversão espiritual do ser humano.
Data: 4 a 7 de Junho de 2015
Horário: quinta a sábado às 20h, domingo às 19h
Local: CAIXA Cultural Fortaleza (Av. Pessoa Anta, 287 – Praia de Iracema)
Ingressos: R$10,00 (inteira) R$5,00 (meia entrada)
Duração: 80 minutos
Capacidade: 181 lugares
Informações: (85) 3453-2770
Classificação indicativa: 16 anos
SOBRE INEZ VIANA
Natural do Rio de Janeiro, Inez Viana é formada pela Casa das Artes de Laranjeiras, desde 1987. Em 1999, dirigiu e roteirizou o documentário Cavalgada à Pedra do Reino, baseado no Romance d’A Pedra do Reino de Ariano Suassuna. Em 2008 recebeu o Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Atriz por sua atuação na peça A Mulher Que Escreveu A Bíblia, pela qual também foi indicada aos prêmios SHELL e APTR. Em 2010 dirige As Conchambranças de Quaderna, texto inédito de Ariano Suassuna, onde obteve críticas elogiosas e recebendo indicações aos prêmios SHELL e APTR de Melhor Direção. Ainda em 2010, é convidada para dirigir o show João do Vale, Na Asa do Vento, no Teatro Nelson Rodrigues, com Chico César, Teresa Cristina e Flávio Bauraqui e Breque Moderno com Soraya Ravenle e Marcos Sacramento, realizado no Teatro Rival. Seguindo com a carreira de direção em teatro, em 2011 dirigiu os atores Alexandre Dantas e Claudia Ventura no espetáculo Amor Confesso onde foi indicada para o Prêmio Shell de Melhor Direção. Em 2012 com sua Cia OmondÉ dirigiu Os Mamutes de Jô Bilac e recebeu o Prêmio FITA de Melhor Direção. Em 2013 interpretou Maria Adília na novela Flor do Caribe da TV GLOBO e Suzana no seriado Meu Passado me Condena do MULTISHOW, dirigiu a peça Maravilhoso de Diogo Liberano. Em 2014 dirigiu Na Vamos Pagar de Dario Fo, no CCBB. Atualmente ensaia com a Cia OmondÉ o novo espetáculo Infância, texto do premiado Jô Bilac, que estreia em abril no Rio de Janeiro.
SOBRE A CIA OMONDÉ
A Cia OmondÉ surgiu, no final do ano de 2009, da vontade da diretora e atriz Inez Viana em formar um grupo com atores vindo de várias partes do Brasil, para o aprofundamento de uma pesquisa cênica, onde a diversidade, brasilidade e o diálogo com a cena mundial contemporânea (tendo como grande mentor o diretor inglês Peter Brook), fossem concomitantemente estudados. Trata-se de uma busca aos signos do teatro, infinitos se pensarmos na precisão de um gesto ou na magia do aparecimento de um objeto em cena, levando o espectador a ser cúmplice e não passivo, co-autor e não somente voyer do espetáculo. Atualmente, a Cia OmondÉ é formada por dois mineiros, um potiguar, um paraibano, um paranaense e cinco cariocas.
FICHA TÉCNICA
Autor: Alcione Araújo
Adaptação e Direção: Inez Viana
Consultoria Dramatúrgica: Pedro Kosovski
Elenco: Cia OmondÉ – Leonardo Bricio, Iano Salomão, Jefferson Schroeder, Junior Dantas, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell
Figurino: Flávio Souza
Direção Musical: Marcelo Alonso Neves
Iluminação: Renato Machado
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Programação Visual: Dulce Lobo
Assistentes de Direção: Carolina Pismel, Debora Lamm e Juliane Bodini
Produção Executiva: Jéssica Santiago e Rafael Faustini
Direção de Produção: Claudia Marques
Um projeto da Cia OmondÉ