Uma trama na qual nada é exatamente o que parece ser. Esse é o fio condutor da peça Atreva-se, que fica em cartaz na CAIXA Cultural Fortaleza nos dias 18, 19, 20, 25 e 26 de setembro. Inspirado no antigo cinema noir, o espetáculo divide-se em quatro sequências de mistério e humor.
Dirigida por Jô Soares, a história traz surpresas a cada virada da trama e remete a épocas diferentes, tendo sempre a mansão como pano de fundo. São histórias permeadas de suspense que, de alguma forma, estão ligadas entre si. Escrita por Maurício Guilherme, a peça é uma mistura de cinema e teatro, com drama e suspense envolvidos em ondas de gargalhadas. O elenco, composto por Mariana Santos, Fábio Rabin, Veridiana Toledo e Beatriz Morelli, contracena em quatro sequências: A Mansão, O Medo, O Pacto e De Volta a Mansão.
A sensação, segundo o autor, é de se estar em um trem-fantasma daqueles antigos parques de diversão. “É apenas na realidade cinematográfica que o homem tem a ilusão de recriar a vida ao seu próprio gosto, e é especificamente no cinema noir que os lados mais escuros da alma humana começaram a ser explorados por grandes protagonistas. Estas foram minhas inspirações principais devidamente retemperadas pela liberdade do humor”, explica Guilherme.
“O jogo é driblar o espectador. O suspense está presente o tempo todo, nunca acaba e não se explica. É comédia, mas levada a sério. E esse humor do nonsense, do absurdo, me agrada muito”, revela Jô Soares. “É como se fosse uma sátira àquelas obras de suspense que nunca se explicam direito. Você sente no visual os cortes, as paradas e ilustrações musicais de cinema. Além disso, os nomes e a linguagem, com um tipo de falso coloquialismo, também dão o clima do cinema antigo”, completa Jô.
Sinopses
A Mansão: um corretor de imóveis mostra a uma empolgada cliente as maravilhas de uma velha mansão de construção clássica, defronte a um enorme parque municipal. Ela está ansiosa por assinar os papéis e ele diz acreditar que não haverá grandes impedimentos, uma vez que o imóvel teve apenas dois inquilinos antes dela. Antes de saírem, o corretor, num tom algo dúbio, deseja à sua cliente que ela seja tão feliz na mansão quanto os que ali um dia já viveram. Esta sequência se passa em 1963.
O Medo: Em uma ensolarada manhã, no final da década de 1920, uma sóbria governanta cruza a elegante sala da velha mansão, cuidando de pequenos detalhes no ambiente. Lá vivem apenas um homem inseguro, preso a seus medos e a uma cadeira de rodas, e sua irmã, uma mulher segura e assoberbada pela tarefa de cuidar de tudo na vida dos dois. Ela precisa fazer uma viagem de negócios, o que a deixará longe de casa por alguns meses e seu amedrontado irmão não consegue conviver com a ideia de ficar ali por tanto tempo, apenas em companhia de sua sinistra governanta.
O Pacto: No início da década de 1940, em uma noite fria, duas primas, agora moradoras da velha mansão, aguardam pela chegada de um antigo colega de juventude. Pelo que conversam, supõe-se que as duas tem algo tramado – e certamente nada muito confiável – para quando chegar o visitante. Finalmente, o aguardado amigo chega e elas o recebem com ensaiado entusiasmo. Na verdade, os três estão ali para cumprir um pacto feito na tarde do dia de sua formatura. Eles se encontrariam, houvesse o que houvesse, trinta anos após aquele dia, para saberem os rumos de suas vidas. Mas algo estranho aconteceu naquela mesma noite, durante o baile de formatura. A simples menção desta data causa uma desconfortável reação nos três. Reação que se explicará pelas misteriosas revelações que se seguem noite afora.
De Volta a Mansão: Voltando ao tempo da primeira sequência (A Mansão), a nova inquilina tenta organizar sua mudança na velha casa. Em meio a caixas abertas e objetos esparramados, recebe a visita do corretor que aparece num gesto de cortesia. No rápido diálogo que travam, os dois fazem novas e surpreendentes descobertas a respeito de suas identidades o que certamente deixará a plateia bastante surpresa.
Local: CAIXA Cultural Fortaleza
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema
Data: 18, 19, 20, 25 e 26 de setembro de 2015
Horário: Sextas (18 e 25), às 20h | Sábados (19 e 26), às 18h e 20h | Domingo (20), às 17h e 19h
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) R$ 5,00 (meia)
Duração: 75 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Vendas a partir de quinta-feira, 17, às 10 horas
Acesso para pessoas com deficiência e assentos especiais
Serviço de manobrista gratuito no local