Cirurgião-dentista, Douglas Pardim, explica como os pais podem evitar a transmissão de cárie para seu filho

PADIN

Falar, mastigar, beijar. A boca é um local de diversas funções, mas que deve, também, receber uma atenção especial, especialmente, quando se trata de saúde. Uma das doenças mais comuns, encontradas nesse local, é a cárie. Infectocontagiosa, ela pode ser transmitida de um indivíduo para o outro, simplesmente, por um beijo ou até pelo uso de aerossóis da boca contaminada de alguém e, ainda, pelo contato direto de escovas dentais. São situações simples, que passam despercebidas, mas que podem trazer riscos, principalmente, quando se trata de bebês ou crianças.

De acordo com o cirurgião-dentista, Douglas Pardim, um dos erros mais cometidos pelos pais é beijar a boca de seu bebê como demonstração de afeto ou até brincando com ele. “Quando isso acontece, o pai ou a mãe estão transmitindo a sua microbiota oral (bactérias) para boca de seus bebês, que estava livre dessa contaminação. Outro erro muito comum é soprar a papinha ou qualquer alimento quente para dar para seu filho. As gotículas de salivas que caem no alimento também levam contaminação para boca do bebê”. O ideal, então, é transmitir carinho de outra forma, prevenindo a doença em seus filhos.  “A cárie é uma doença infecto contagiosa, que poder ser transmitida de um indivíduo para o outro. São bactérias, com predominância do streptococcusmutans e lactobacillusssp”.

Mas, engana-se quem acha que, mesmo sem dentição, a boca não necessita de cuidados especiais. “Mesmo ainda bebês e sem dentição, é recomendado que, sempre após a alimentação dos bebês, faça a higienização com uma gaze ou uma fralda limpa úmida, para remoção dos restos alimentares da gengiva da criança”, aconselha o dentista.

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      A partir do primeiro dente nascido, já é aconselhado começar a escovar os dentes do bebê com pasta com flúor, porém, a quantidade a ser usada compara-se ao tamanho de um grão de arroz. Nessa fase, um detalhe importante é a escolha correta da escova de dente. Segundo Pardim, existem escovas adequadas para cada tipo de dente e idade de uma pessoa, seja ela criança ou adulta.
    “A escova tem que ter bastante cerdas, muito macias para não traumatizar a gengiva, e a cabeça pequena, para conseguirmos alcançar os últimos dentes que têm espaço restrito. Então, quanto menor, melhor vai ser para fazer a higienização. Para criança, aconselhamos sempre escova infantil, que já tem a cabeça mais reduzida e, de preferência, com desenho que seja do gosto da criança (super heróis, personagens infantis etc), para que ele assimile a escovação como um momento de descontração e seja divertido, que seja algo estimulante”. Em média, a troca de escova deve ser feita de três em três meses.

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