MARCO PEREIRA, BEBÊ KRAMER E GUTO WIRTTI FAZEM TEMPORADA NA CAIXA CULTURAL FORTALEZA
Pela primeira vez à capital cearense, o projeto Marco Pereira Trio faz quatro apresentações, de 29 de setembro a 2 de outubro
Foto: Tarita de Souza
A CAIXA Cultural Fortaleza apresenta, de 29 de setembro a 2 de outubro de 2016, o espetáculo musical Marco Pereira Trio, que junta no mesmo palco os músicos Marco Pereira, Bebê Kramer e Guto Wirtti. O projeto vem pela primeira vez a Fortaleza e vai relembrar sucessos de grandes nomes da música instrumental brasileira.
No repertório, além de composições autorais, como Amigo Léo, Santo Amaro e
Café Compadre (Marco Pereira), também estão presentes as músicas Lamentos do morro (“Garoto”, Aníbal Augusto Sardinha); Cristal (César Camargo Mariano);
Luz Negra (Nelson Cavaquinho); e Homenagem ao malandro (Chico Buarque e Edu Lobo).
Após a temporada em Fortaleza, Marco Pereira Trio segue estrada e se apresentará no Festival Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, e também em Guaratinguetá, São Paulo, onde encerrará o Festival Dilermando Reis, no dia 24 de setembro.
Sobre o projeto
A inspiração para o projeto surgiu da época de ouro da Rádio Nacional, na década de 1950. Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, foi convidado pela direção da emissora a participar de um novo projeto chamado Música em Surdina. A ideia principal era apresentar músicos que primassem por uma sonoridade suave e cativante.
Garoto decidiu convidar mais dois músicos a se juntarem a ele: Chiquinho do Acordeão e Fafá Lemos. Surgiu, assim, o Trio Surdina, um grupo que marcaria época, tanto nessa emissora de rádio, quanto no panorama geral da música instrumental brasileira. Marco Pereira decidiu recriar esse conceito estético no seu novo trabalho. Com o apoio de Bebê Kramer, no acordeão, e Guto Wirtti, no contrabaixo, formou esse trio instrumental.
Marco Pereira: O violinista, compositor e arranjador é natural de São Paulo, onde fez seus estudos de violão sob a orientação do mestre uruguaio Isaias Sávio, no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Viveu na França por cinco anos e recebeu o título de Mestre em Violão Clássico pela Université Musicale Internationale de Paris. Defendeu tese sobre a música de Heitor Villa-Lobos, no Departamento de Musicologia da Universidade de Paris-Sorbonne, o que resultou no seu livro Heitor Villa-Lobos, sua obra para violão.
Na Espanha, obteve dois prêmios em importantes concursos internacionais: Concurso Andrés Segóvia (Palma de Mallorca) e Concurso Francisco Tárrega (Valência). De volta ao Brasil, criou na Universidade de Brasília os cursos de Violão Superior e Harmonia Funcional. Gravou dois discos pelo selo Som da Gente, de São Paulo (Violão Popular Brasileiro Contemporâneo – 1985 e Círculo das Cordas – 1987), trabalhos que o levaram ao Town Hall, de Nova York, em 1988.
Entre os CDs gravados, estão: Dança dos Quatro Ventos, Elegia, Brasil Musical, Valsas Brasileiras, Luz das Cordas, Afinidade, Original, O samba da minha terra, Stella del Matino e Essence. Recentemente gravou o CD Camerístico, e o CD/livro Ritmos Brasileiros e o projeto Cristal, que é constituído por um CD mais um álbum de partituras da transcrição fiel da gravação. Este ano, lançou o álbum Dois Destinos – Marco Pereira toca Dilermando Reis.
Bebê Kramer: O acordeonista, arranjador e compositor é uma das revelações da música instrumental do Brasil. Alessandro Kramer, de 34 anos, começa a ter reconhecimento no Brasil e no exterior como o maior acordeonista de sua geração. Compõe com clareza uma nova música usando a expressão da sua fronteira inicial que é o Rio Grande do Sul. Ele ganhou seu primeiro acordeom aos oito anos e, entre as suas influências, estão: Tom Jobim, Piazzolla, Hermeto, entre tantas outras. Bebê Kramer foi considerado pela crítica europeia a revelação do Festival do Acordeom Mundial realizado na Áustria. Ali estavam mestres do instrumento como Richard Galeano. Com o Alessandro Kramer Trio, formado por Guinha Ramires e Alegre Corrêa, gravou na Áustria, o CD Laçador, excursionando por diversos países, surpreendendo público e critica com a desenvoltura dessa música enraizada e ao mesmo tempo recriada e temperada com muito improviso.
Guto Wirtti: Aos 32 anos, o contrabaixista, arranjador e compositor nasceu em Frederico Westphalen, no interior do Rio Grande do Sul, em meio a uma família de músicos. Aos seis anos começou a tocar violão com seu pai (cantor e compositor de música regional local). Aos doze anos começou com o contrabaixo e fez desse o seu principal instrumento. Aos treze anos já estava tocando com artistas locais em concertos e festivais pelo estado a fora. Aos dezesseis resolveu ampliar seus conhecimentos e alçou voo até Salvador, BA. Lá permaneceu durante um ano tocando e pesquisando as raízes da música afro brasileira.
Em 2003, muda para o Rio de Janeiro a convite de seu amigo Yamandu Costa, com quem tem viajado constantemente pelo mundo. Logo em seguida passou a acompanhar outros artistas da música brasileira como Leo Gandelman, Hamilton de Holanda, Maurício Heinrorn, Toninho Ferraguitti, Celso Fonseca, Ed Motta, Luis Melodia, Wilson das Neves, Milton Nascimento, Jorge Ben Jor, Kassim, Duduka da Fonseca, Mart’nália, Gabriel Grossi, Nicolas Krassik, entre outros. Atualmente, Guto Wirtti se prepara para a gravação de seu trabalho autoral que faz um mix de suas raízes latino americanas com tudo o que tem aprendido e ouvido pelo mundo a fora.
Música: Marco Pereira Trio
Local: CAIXA Cultural Fortaleza
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema
Data: 29 de setembro a 2 de outubro de 2016
Horário: quinta a sábado, às 20h | domingo, às 19h
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Vendas a partir do dia 28/09, às 10h, na bilheteria do local
Acesso para pessoas com deficiência e assentos especiais
Serviço de manobrista gratuito no local
Informações gerais | CAIXA Cultural Fortaleza:
(85) 3453-2770
Produção: Borandá